Recentemente, Elon Musk foi protagonista de mais uma polêmica. Em um processo judicial, seus advogados argumentaram que uma fala do empresário não poderia ser usada em juízo, porque poderia ter sofrido alterações por deepfake.
E este pode ser o prenúncio de um dilema para a justiça no mundo todo: a perícia terá que lidar com manipulações da realidade cada vez mais sofisticadas e isso pode revolucionar o entendimento do que se toma por evidências válidas.
Para você entender: o caso em questão investiga a morte de um piloto da Tesla em um acidente que teria sido causado por falha do piloto automático da empresa.
Em um vídeo do Youtube, Musk atesta a segurança do equipamento. A juíza do caso determinou que o empresário deponha sob juramento, uma vez que considera todo este raciocínio como profundamente problemático.
A ação pode ter um desfecho em 31/7, quando acontece o julgamento. Entretanto, este debate pode seguir por muito tempo.
E a razão não é só a deepfake, que usa inteligência artificial (IA) para editar profundamente conteúdos, que podem estar nos mais variados formatos.
Mas, também, porque a própria inteligência artificial se tornou generativa, usando machine learning e algoritmos para criar conteúdo totalmente novo, não se limitando a analisá-los ou rearranjá-los como na IA tradicional.
Há 10 anos, uma imagem valia por mil palavras… Hoje, já não há essa premissa, uma vez que é possível criar imagens, cenas, vídeos, discursos, tudo com a voz e o rosto das mais variadas pessoas.
A boa notícia é que da mesma forma que se pode manipular a IA para criação de conteúdo, pode-se treiná-la para identificar essas manipulações. Será, na maioria dos casos, um jogo de gato e rato.
Portanto, o trabalho pericial com IA pode ser um grande nicho de mercado nos próximos anos.
E, você, perito? Estará preparado para essa nova realidade? O Sistema do Perito estará com você!
