Entenda como foi realizada as perícias da Boate Kiss

Em 27 de janeiro de 2013 um incêndio aconteceu na Boate Kiss, localizada na cidade de Santa Maria (RS). A tragédia matou 242 pessoas e feriu outras 636 durante a madrugada. O acidente foi tido como a 2ª maior tragédia do país em número de vítimas em um incêndio.

Apontada pela perícia como uma das causas do incêndio, a espuma usada no palco e no teto da boate não era necessária para o controle do nível de som (ruído). A afirmação foi feita durante o 2º dia de julgamento pelo Engenheiro Miguel Ângelo Teixeira Pedroso.

O responsável pelo projeto de reforma acústica do estabelecimento, afirmou que existe, sim, uma espuma especial para isolamento acústico, chamada elastômero, que serve para garantir o conforto dos músicos em estúdios de gravação e, por isso, não foi incluída.

Segundo perícia usada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, a espuma utilizada como revestimento de palco e no teto da casa noturna era altamente inflamável e tóxica, sem tratamento anti-chamas, e teria sido comprada numa loja de colchões.

Materiais

Espuma: A espuma usada em isolamento acústico na boate Kiss, refere-se a uma espuma de colchão. Comum em clubes noturnos e bares da cidade de Santa Maria para evitar o eco do som, mas sabendo de sua ineficiência para o efeito pretendido.

Sputnik: O Sputnik foi o artefato usado pela banda durante a apresentação na Boate Kiss. De acordo com a ABP (Associação Brasileira de Pirotecnia), o material além de soltar faíscas deve ser usado em ambiente externo a quatro metros de altura. Ainda segundo a forma de utilização, deve-se ser colocado no chão para ser aceso, e as pessoas devem ficar pelo menos a 10 metros de distância. O manual ainda informa que é proibido usá-lo em ambiente fechado e próximo a materiais inflamáveis.

Cianeto: O cianeto foi apontado por um laudo técnico como a causa da morte dos jovens na casa noturna, como sendo por parada cardiorrespiratória.
Uma investigação foi instaurada para apontar os responsáveis, dentre eles os integrantes da banda, os donos da boate e o poder público. O inquérito policial apontou muitos responsáveis pelo acidente, mas poucos foram denunciados pelo MP (Ministério Público) à Justiça.

Sentença

A Justiça condenou quatro réus apontados como responsáveis pela tragédia, por homicídio doloso. O sócio da boate Elissandro Spohr foi condenado a uma pena de 22 anos e seis meses. Mauro Hoffmann, condenado a 19 anos e 6 meses. O vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, condenado a 18 anos, assim como o produtor de eventos que trabalhava para a banda, Luciano Bonilha.

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